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Carlos Ramos. Arquiteturas do Século XX em Portugal
A importância das inúmeras obras realizadas em Portugal pelo arquiteto Carlos João Chambers Ramos (Porto, 1897-1969) e por seu filho Carlos Manuel Oliveira Ramos (Oeiras, 1922-2012), ao longo do século xx, contrasta com o escasso conhecimento e divulgação pública dessas realizações, sobretudo se vistas em conjunto.
Iniciadores, ou fundadores, de uma autêntica «dinastia» de autores e profissionais de arquitetura, no âmbito de uma família ligada à cultura, à ciência e à criação, o conjunto das suas obras — em alguns casos fruto de trabalho comum — permite-nos uma visão mais completa das sucessivas fases da arquitetura portuguesa, ao longo de Novecentos.
Obras matriciais do Modernismo Português dos anos 1930, como o Pavilhão de Rádio do IPO e o Liceu D. João Ill em Coimbra, ou fundadoras de um espaço desportivo inovador, como o Estádio do Belenenses no Restelo (1952), ou ainda peças exemplares de Chambers Ramos e ou de seu filho Oliveira Ramos para o turismo (Hotel dos Templários em Tomar, 1967), para serviços (Companhia de Lapidação de Diamantes, atual RTP, Lisboa, 1966) e para a indústria (Laboratórios Pasteur, Lisboa, 1958), confirmam a força destas obras, ambas ligadas e fortalecidas pelos laços familiares. A imensa sequência de trabalhos, projetos e realizações, por estes dois autores, criada ao longo de mais de oitenta anos, merece e exige o seu estudo, conhecimento e apresentação numa edição qualificadora da atuação destes criadores, ativos num quadro de vida longamente dedicada à arquitetura portuguesa. O recente falecimento do mais novo dos dois arquitetos mencionados, em 22 de junho de 2012, despoletou, como apropriada homenagem, este projeto.
Prémio Joaquim Carvalho, 2015.
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