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Teoria Nova da Antiguidade
«Quando faleceu, em 1915, José Pereira de Sampaio, que desde cedo adoptou o pseudónimo Bruno, estava a trabalhar em duas obras que, infelizmente, não chegou a concluir: o Plano de um Livro a Fazer ou os Cavaleiros do Amor e a Teoria Nova da Antiguidade, cujo texto foi publicado na imprensa periódica de Lisboa e Porto. Depois de, há alguns anos, se haver incluído nesta colecção uma nova edição do primeiro daqueles livros, consideravelmente ampliada relativamente à de há quatro décadas, é agora editada uma versão mais completa do segundo, a qual inclui textos que não figuravam na sua anterior publicação e obedece a uma mais correcta ordenação dos textos que a compõem, precedidos de um longo e esclarecedor prefácio. Nesta obra, que o seu discípulo Teixeira Rego disse ser «o filho bem amado do seu espírito», mostrando assim a importância que o filósofo portuense lhe atribuía, pretendia Bruno demonstrar a sua ideia de que «os celtas eram a gente dos depois Estados Unidos da América», ou seja, de que a humanidade, ou uma certa humanidade, teria uma origem nórdica, para o que mobilizou a sua vastíssima erudição, a sua conhecida argúcia argumentativa e a sua envolvente prosa de original recorte barroco. Analisando uma série de mitos que indicam o Norte como o ponto de origem da humanidade, Sampaio Bruno procura provar aqui que uma raça primordial, que vivia originalmente na região árctica, terá sido obrigada a descer em direcção ao Sul, devido à glaciação progressiva, encaminhando-se uma vaga migratória dela, pelo lado ocidental, até ao continente americano e tendo-se dirigido a outra pelo lado oriental do continente euro-asiático.» In editorial.
Organização de Joaquim Domingues. Apresentação de Pedro Sinde.
Informação: Ainda disponível em algumas das nossas lojas.
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