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Pluralidade na Escola Portuense de Filosofia
A presente obra debruça-se sobre um dos pilares da cultura portuguesa da primeira metade do século xx: o da conturbada constituição, no seguimento de uma linha filosófica oitocentista que vem de Amorim Viana e Sampaio Bruno continuando na Renascença Portuguesa, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, pelo então ministro Leonardo Coimbra que viria a ser seu director. Mais, a obra debruça-se sobre a especificidade didáctica e filosófica da novel Faculdade, mostrando, por um lado, alguns aspectos das características particulares e únicas do que se pode chamar a Escola Portuense de Filosofia, por outro lado, a pluralidade das correntes de pensamento que nela medraram e dela brotaram sem deixarem de ter tido origem num caldo de cultura comum, não permitindo a redução da «Escola» a qualquer estereótipo ou sequer protótipo. Finalmente, ao tratar especialmente Newton de Macedo, aparente braço direito de Leonardo Coimbra, mas personalidade com temperamento díspar e pensamento próprio, a obra dá um importante passo em frente na reconstrução da representação imagética, ideológica, filosófica e política da Faculdade, cuja fundação, em 1919, e trágica dissolução, entre 1927 e 1931, tiveram importância tão decisiva para a cultura portuguesa.
Pedro Baptista, nascido no Porto em 1948, é romancista e ensaísta, doutorado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, integra um grupo de investigação no Instituto de Filosofia dessa faculdade, participa no Centro de Estudos do Pensamento Português da Universidade Católica e no Centro Interdisciplinar de Direitos Humanos da Universidade do Minho. Publicou Ao Encontro do Halley (1987), Sporá (1992), O Cavaleiro Azul (2001), Pessoas, Animais e Outros que Tais (2006), Centenário do Gabiru (2007), A Queima do Cão de Palha (2008), O Filósofo Fantasma — Lúcio Pinheiro dos Santos (2010), bem como diversos estudos publicados em obras colectivas e actas de congressos.
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