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Razão Comovida
Esta obra convoca a cultura filosófica de língua portuguesa a debater os paradigmas do racionalismo do Ocidente, em face dos quais esta cultura se tem posicionado, reflectindo-lhes a insensatez de destinos e problemas, da exclusão do outro aos desastres ambientais: veros desafios para a sociedade e o pensamento. De tal debate chega o autor a um novo conceito de razão a razão comovida , matricialmente fundado nas aspirações originais da nossa sapiência, na forma como esta se revelou na vida e na metafísica, da nau quinhentista à ilha de Camões e à saudade das origens. O conceito de razão comovida traz consigo uma reinterpretação global das possibilidades e limites da razão ocidental, reavaliando-a à luz da existência, da experiência estética e ética, e da experiência religiosa. Para o efeito, a obra abrange a história do pensamento peninsular anterior à fundação de Portugal e estende-se a época recente, com a presença do Brasil através de Miguel Reale, e convoca, de entre outros pensadores, Afonso Botelho, Agostinho da Silva, Antero de Quental, A. Braz Teixeira, J. Cerqueira Gonçalves, José Marinho, Leonardo Coimbra, Manuel de Arriaga, Pinharanda Gomes, Teixeira de Pascoaes e Vergílio Ferreira, não esquecendo Santo António de Lisboa, Francisco Sanches, Ibne al‑Sid e Leão Hebreu, os quais são rastreados em ensaios notáveis como «Fé e Razão no Pensamento Filosófico Português» e «Ideia e Destinos da Razão na Filosofia Portuguesa do Século XIX».
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