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O Homem que Viveu Debaixo da Terra
Nunca escrevi nada que derivasse tanto da pura inspiração, nem executei trabalho de escrita num estado de tão profunda liberdade imaginativa, nem me expressei de uma forma que brotasse mais naturalmente da minha história e experiência pessoais, das minhas leituras e sentimentos, do que em O Homem que Viveu Debaixo de Terra.
Escrito em 1942, O Homem que Viveu debaixo de Terra via a luz do dia em 1961 como um conto cujas cenas de violência haviam sido truncadas pela censura editorial. Em 2021, recuperou-se a versão integral do texto, acompanhada nesta edição pelo ensaio «Recordações da Minha Avó» – que narra a génese da obra – e posfaciada pelo neto do autor. A história de Fred Daniels, um negro injustamente acusado de homicídio que se refugia nos túneis e esgotos da cidade, dá corpo a um romance existencial recém[1]descoberto em toda a sua amplitude. A partir deste episódio verídico de injustiça policial, o protagonista, descendo às profundezas, eleva-se acima da civilização e observa com toda a lucidez o absurdo do mundo, «como se os seus olhos tivessem sido abertos por mãos invisíveis». «Romance incendiário sobre raça e violência nos EUA», o mais acarinhado por Richard Wright, é agora publicado tal como ele o concebeu.
Tradução de José Miguel Silva.
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