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Filosofia Portuguesa e Universalidade da Filosofia e Outros Textos
«( ) Os europeus habituaram-se desde os gregos astutos ou desde os cristãos apressados a fazer o fácil trânsito do ser para o pensamento, mesmo quando tantas advertências foram feitas no sentido oposto. E, sobre esse hábito, outro veio: o de suporem que os seus filósofos filosofavam para a humanidade e em nome dela. Já ninguém do primeiro está hoje convencido mas muita gente boa ainda está convencida do segundo. Considerando assim, minha interpretação arranca de um sentido da filosofia nacional para uma singularidade de pensar mais autêntica e para uma universalidade mais verdadeira, filosofia que se não demonstra por meio de juízos e afirmações, mas por um pensamento que tenha em si próprio o cunho da autêntica universalidade. Ainda hoje não sei no que tal modo de ver e pensar é coincidente com o de Álvaro Ribeiro ou de outros dos nossos pensadores. Quem sabe? Uma coisa, porém, tenho desde já como certa. Não foram tudo desvantagens na recusa dos portugueses e espanhóis a seguirem os caminhos da Europa. Sondemos, pois, o fundo de que emerge em nós a filosofia. Situemo-nos realmente e não ficticiamente no ser que somos e na pátria em que nascemos. Toda a autêntica universalidade ou univocidade do pensar a alcançaremos a partir disso. (...). ». In (Trechos de Defesa dos heréticos)
Edição de Jorge Croce Rivera, professor da Universidade de Évora, responsável pela organização do espólio de José Marinho, doado pela família em 1981 à Biblioteca Nacional de Portugal, integrando actualmente o Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea.
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