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A Arquitetura Imaginária
Em termos genéricos, a arquitetura imaginária configura, em simultâneo, uma viagem de formas e de ideias (numa ordem hoje difícil de captar), que nasce enquanto processo coerente, com o alvorecer da Época Moderna e à qual não é estranho o desenvolvimento paralelo e transversal de instrumentos auxiliares, como a matemática e a geometria e as ciências a elas associadas (com o desenvolvimento do Renascimento, entre o seu paulatino despontar e as grandes ruturas conformadas pelo mundo contemporâneo, onde, todavia, este debate se prolonga). No geral, pois, trata-se de um universo que configura um ângulo, decerto fascinante, que, assim observado e perspetivado, desvenda o próprio processo cultural português, enquadrando, entre Descobrimentos e Império, a grande empresa da Expansão; e assim revelando, nesta viagem, um país que, impregnado então de ideais de modernidade (na renovação do conhecimento) mas também de um inquestionável desígnio transcendente , se destaca, não por acaso, nestas áreas do saber exigidas pela própria navegação. Uma dinâmica e um processo que talvez não sejam irrelevantes no objetivo de protagonismo que o País hoje assume nos domínios da arquitetura contemporânea. Da arquitetura enquanto ideia.
Coedição com o Museu Nacional de Arte Antiga.
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