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EDIFÍCIO MUDE: Transformações na perspetiva do design
A inauguração do MUDE, em 2009, na Baixa Pombalina, que se encontrava desertificada, degradada e envelhecida, contribuiu para a reanimação cultural do centro histórico da capital. A reabertura integral do edifício do MUDE, em 2024, ocorre mais uma vez em contraciclo, revestindo-se de um forte valor simbólico, uma vez que assistimos à perda de identidade e autenticidade do centro histórico em consequência, entre outros fatores, da forte pressão do turismo, da perda de moradores e de lojas históricas, da proliferação de hotéis e da ocupação descontrolada do espaço público, manifestando-se elevados graus de poluição física, sonora e visual. Hoje, o quarteirão do MUDE será de novo um lugar de encontro para todos os cidadãos, convidando à cidadania, à interação, à partilha comum, à alegria e à coesão social. Ao ser pensado como um centro cultural a pulsar nas artérias principais da cidade, com áreas de exposição, criação, educação, debate e lazer, encontro, conversa e partilha, o MUDE, como museu público, continua a contribuir para a requalificação do centro histórico e para uma política pública de cultura mais atuante e inclusiva. Com este livro, pode compreender-se melhor as principais medidas que foram tomadas para desencadear esta transformação, realizada segundo uma abordagem que se pretendeu holística e sustentável.
Inicia-se, assim, uma nova etapa da vida do MUDE — Museu do Design.
Coordenação cientifica: Bárbara Coutinho
Coordenação design gráfico: Paula Guimarães
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