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Aristófanes - Comédias - Vol. I
«Era jovem ainda, mas atrevido e determinado, aquele Aristófanes que, depois de duas peças de estrela - hoje, infelizmente, perdidas -, nos legou Acarnenses, Cavaleiros e Nuvens, compostas com uma regularidade anual, entre 425-423 a. C. Da cidade que em sua volta fervilhava, visou a administração pública e suas instituições, bem como aqueles que faziam da demagogia uma prioridade. Atacou-os com uma violência à medida do primeiro dos seus propósitos: o de educar cidadãos. Mas ao conselho, o poeta associava também o talento, fazendo de Nuvens uma caricatura dos intelectuais do momento e o mais ousado dos seus ensaios reformistas, na busca de uma arte remoçada. Perdeu a aposta, por, um ímpeto de juventude, ter dado um salto excessivo. Mas a posteridade depôs, sobre a cabeça do poeta, a coroa de uma vitória que os contemporâneos não lhe souberam atribuir.». In Editorial.
Introdução, tradução e notas de Maria de Fátima de Sousa e Silva.
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