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Livros Biblioteca de Autores Portugueses

Cartas (1852 a 1876) - Vol. I

Antero de Quental

Na obra em prosa de Antero de Quental, muita dela esquecida ou mesmo ignorada, a leitura das suas cartas é indispensável, como desde cedo foi reconhecido. Algumas, sobretudo de entre as dirigidas a Oliveira Martins - como aquela tão notável de 25 de Agosto de 1875, sobre «a Moral Religiosa entre os Gregos» -, são verdadeiros ensaios filosóficos de que jamais se suspeitaria a existência, não tivessem sido conservadas pelos destinatários. Muitos dos episódios da sua vida - alegrias e esperanças, angústias e fracassos - chegaram ao nosso conhecimento através de revelações aos amigos, raras ainda assim, em apontamentos que são um exemplo de contenção, de autodomínio e até de modéstia. Nada do que foi, em determinadas épocas, a grande popularidade de Antero aqui perpassa em termos factuais. Apenas na carta autobiográfica a Wilhelm Storck, cujas circunstâncias excepcionais quase o obrigam a uma maior exposição, ela se torna um pouco mais perceptível. «Cada nação tem os seus representantes, representantes do seu génio, do que há mais íntimo no seu temperamento moral», lê-se numa carta de 26 de Maio de 1874, onde era apontado Camões como um dos raros monumentos do génio português. «Mas creio que o ignoramos!», acrescentava. Mais de um século passado sobre esta data, também Antero de Quental é, certamente, um dos raros monumentos do génio português. Para o não ignorarmos é indispensável, repita-se, conhecer-lhe toda a obra, e é muito desejável que a leitura destas cartas possa ser o intróito adequado a uma fascinante e inesquecível peregrinação.

Leitura, organização, prefácio e notas de Ana Maria Martins.

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Detalhes

Detalhes
Código:
1014766
Autor:
Antero de Quental
Coleção:
Biblioteca de Autores Portugueses
Tema:
Literatura e Ficção
Data de Lançamento:
Março de 2009
ISBN:
978-972-27-1599-7
Editora:
N/A
Idioma:
N/A
Número de Páginas:
550
Peso:
897 g
Dimensões:
N/A
Acabamento:
N/A