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Literatura e Ciência na Ficção do Século XIX - A Narrativa Naturalista e Pós-Naturalista Portuguesa
«O prestígio alcançado pela Ciência pós-iluminista contribuiu para uma acentuada subalternização das Humanidades, gerando uma relação conflitual entre as duas culturas. Na segunda metade do século XIX, a reacção dos homens de letras à perda de poder simbólico traduziu-se, paradoxalmente, numa tentativa de mimetismo em relação à «ciência positiva» do seu tempo. Dos paradigmas biologista e darwinista emergentes, a Literatura incorporou Uma nova visão da natureza e da vida, mas também uma mitologia cientifica, cristalizada num conjunto de produtos culturais (a selecção natural e o struggle for life; a histeria, a degenerescência, a nevrose mística e artística...) cujo rasto se procura seguir neste estudo. Ancorado nas doutrinas do Positivismo e na sua ideologia burguesa do Progresso, o romance naturalista reivindica uma «alta missão social»: a moralização da vida pública e privada; a utopia da cidade ideal e da perfeição individual; a vigilância dos costumes, das paixões e dos instintos. Mas a poética romanesca não vive apenas da normalidade, antes implica a dramatização do erro e do desvio, a dialéctica do desejo e da culpa - e aí reside o seu interesse literário. Eça de Queiroz, Fialho de Almeida, Teixeira de Queiroz e Abel Botelho são alguns dos autores aqui estudados. Muitas das suas obras, centradas na equação Progresso/Felicidade, ilustram as contradições do pensamento positivista no dealbar do século XX.». In Editorial.
Prémio Primeira Obra do P.E.N. Clube Português, 2008.
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