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Memórias Encontradas numa Banheira
Ano 3149, Terra. Quando é descoberto o único documento que terá resistido à papyrólise — o cataclismo que arruinou todos os registos escritos do mundo —, resta à posteridade tirar ilações sobre os tempos que a História viria a intitular Era da Papyrocracia, dominada pelo culto do Kap-Ih-Taal.
MEMÓRIAS ENCONTRADAS NUMA BANHEIRA (1961), uma das obras-primas de Stanislaw Lem, descreve as desventuras de um funcionário atolado numa burocracia demente, perdido no labirinto de corredores do Edifício e enredado numa missão secreta indecifrável, num país obcecado pela vigilância dos seus cidadãos. Uma sátira à máquina burocrática e à paranóia que ela engendra, ao jeito de «Kafka sob o efeito de Prozac», segundo a crítica.
Tradução de Teresa Fernandes Swiatkiewicz.
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