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Textos de Imprensa III
Ao escrever para o jornal portuense A Atualidade, Eça dirigia-se a um público específico e sobretudo fazia-o de um ponto de vista próprio. Vivendo em Inglaterra e colocando-se num determinado lugar de enunciação (no caso, Londres, de onde os textos são datados), o cronista compunha uma ∫correspondência particularª, expressão epigrafada em cada uma das crónicas, e que resulta do nome dado à rubrica do jornal. Ou seja, trata-se de alguém que escreve a partir do centro para a periferia, fazendo-o num duplo registo epistolar e cronístico, uma combinação que encontramos em vários outros momentos e lugares da vida literária de Eça. A feição não propriamente intimista, mas simuladamente privada, destas correspondências estimula a desenvoltura do tom coloquial que nelas se revela.
As 15 correspondências que Eça endereçou ao jornal A Atualidade, por encomenda do seu diretor, Anselmo Evaristo de Morais Sarmento, distribuem-se por um lapso de tempo que vai de abril de 1877 a maio de 1878. Ao longo desse período de pouco mais de um ano, o escritor ocupa-se de acontecimentos políticos, sociais, económicos e culturais, dando notícia, para um Portugal então longínquo, do que acontecia na Europa e também na sua periferia.
Coordenação de Carlos Reis.
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